18 agosto, 2006

Ansiedade de separação

O que é a ansiedade de separação?

A característica essencial do Transtorno de Ansiedade de separação é a ansiedade expressiva envolvendo o afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação. A perturbação deve durar pelo menos 4 semanas e iniciar antes dos 18 anos.

Quais são as causas da ansiedade de separação?
Não se conhecem as causas para este distúrbio. No entanto, observa-se que as crianças ou adolescentes com transtorno de ansiedade de separação, tendem a vir de famílias muito unidas ou forte vinculação com um dos genitores. Acontecimentos estressores, também poderão precipitar a doença, quais sejam: morte de um parente ou animal de estimação; doença em um filho a ou parente; mudança de escola, mudança para um novo bairro. Em geral, o transtorno se manifesta entre parentes biológicos de primeiro grau, e talvez mais freqüentemente em filhos de mães com Transtorno de pânico.

Como se comporta uma criança ou adolescente com transtorno de ansiedade de separação?

Os comportamento mais evidentes são: choro, gritos e expressões de medo, em especial quando uma das figuras de vinculação afetiva (em geral a mãe) afasta-se ou refere que irá se ausentar. Dificuldade para realizar tarefas normais do dia-a-dia, sejam na escola, ficar na casa de amigos, ir à excursões e, até manter hábitos de sono normais. Quando longe de casa e separadas dos pais (ou da figura de maior vinculação) , precisam insistentemente saber do seu paradeiro ou manter contatos constantes, como por exemplo, através de telefonemas repetidos. Na companhia dos seus pais, são excessivamente meticulosas, educadas, obedientes e ávidas para agradar
Dos 13 aos 16 anos, poderá haver recusas constantes de ir a escola, exibindo expressões de sofrimento, com muitas lágrimas e queixas físicas.

Como pensam as crianças ou adolescentes com transtorno de ansiedade de separação?

Pensam e acreditam que alguma coisa ruim poderá acontecer a si mesma ou aos seus pais. Acreditam que não podem ficar longe dos seus cuidadores, pois sentem muito medo, e este será um sinal de que alguma coisa ruim se aproxima. Pensam que poderão perder-se dos seus pais ou figura de maior vinculação afetiva, e jamais encontrá-los novamente. Grande parte dos seus pensamentos envolvem conteúdos de morte ou medo de morrer.
Quais são os sentimentos de uma criança ou adolescente com transtorno de ansiedade de separação?

Sentimento de extrema saudade, quando longe dos pais. Medo irrealistico da perda. Experimentam no seu íntimo, raiva, tristeza, apatia, sentimento de culpa e de abandono. Ansiedade real ou imaginária, são experimentados, frente a realidade ou possibilidade de ficar longe dos pais ou da sua casa.

O que sente a criança ou adolescente com transtorno de ansiedade de separação?

- Sentem muito medo quando longe dos pais, ou frente a esta possibilidade;
- Sentem saudade extrema, quando longo dos pais; muitas vezes manifestando-se em febre, diarréia, vômitos, etc.;
- Sentem necessidade constantes de carinho e atenção da parte dos seus pais.
- Sentem-se desanimadas, incompreendidas ou rejeitadas, quando longe dos pais.

Quais são os critérios de diagnóstico mais completos para o transtorno de ansiedade de separação?

- Sofrimento excessivo recorrente frente à ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação;
- Preocupação persistente e excessiva acerca de perder, ou sobre possíveis perigos envolvendo figuras importantes de vinculação;
- Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura importante de vinculação ( por ex.: perder-se ou ser seqüestrado)
- Relutância persistente ou recusa a ir para a escola ou a qualquer outro lugar, em razão de medo da separação;
- Temor excessivo e persistente ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de vinculação em casa ou sem adultos significativos em outros contextos;
- Relutância ou recusa persistente a dormir sem estar próximo a uma figura importante de vinculação ou pernoitar longe de casa;
- Pesadelos repetidos envolvendo o tema de separação;
- Repetidas queixas de sintomas somáticos (tais como cefaléias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de vinculação ocorre ou é prevista.

BIBLIOGRAFIA:
DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 4a. Ed. – Artes Médicas, 1994.
WWW. PsiqWeb.com.br

2 Comentários:

Às 12:24 PM , Anonymous Anônimo disse...

Isso é realmente uma verdade. Muitos casamentos e uniões ainda permanecem devido a existencia de filhos pequenos. Apesar de os pais renunciaram a tentativa de procurar um outro amor, vivem juntos apenas para não prejudicar a cabeça das crianças.

 
Às 11:06 AM , Blogger The Postman disse...

Eu tenho notado que a midia, principalmente a TV, com destaque para a TV brasileira em especial a Globo que chega em todos os cantos da nação, que mostram o fim do relacioamento estável, do "oba oba" sexual onde jovens são são orientados a ter uma vida sexual muito cedo. As redes de TV poderiam mostrar com mais enfase e contar novelas que mostrassem o que realmente esta ocorrendo no Brasil. Meninas de 14 anos com 2 ou 3 filhos e os "pais" dando banda nas praias ou andando de Skate. Depois passam para os avos que mal conseguem se sustentar com suas aposentadorias. É muito, muito triste mesmo...

 

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